Equipe Semfa e CTMac durante blitz educativa | Foto: Fernando Tavares/PMM
Nesta sexta-feira (30), a Secretaria Municipal da Família (SEMFA) promoveu uma blitz educativa como parte da programação do Maio Laranja, voltada ao combate à violência sexual contra crianças e adolescentes. A ação aconteceu no final da Avenida Cora de Carvalho, no bairro Santa Rita.
O objetivo principal foi sensibilizar a população sobre a importância da prevenção, identificação e denúncia de casos de abuso e exploração sexual infantil.
A iniciativa contou com o apoio do Departamento de Educação no Trânsito da Companhia de Trânsito e Transporte de Macapá (CTMac). Durante a ação, foram distribuídos materiais informativos e promovido diálogo com motoristas e pedestres.
O secretário municipal da Família, Gerson Trindade, destacou a relevância da campanha.
“Estamos encerrando a campanha Maio Laranja, que tem como foco a proteção das nossas crianças e adolescentes contra o abuso sexual. Elas têm o direito à proteção, e nós temos o dever de cuidar. Vamos proteger e denunciar os abusos contra nossas crianças”, afirmou.
Prevenção
A violência sexual contra crianças e adolescentes é uma realidade alarmante. Quebrar o ciclo do silêncio é uma responsabilidade coletiva. É fundamental preparar as crianças para que saibam identificar situações de risco e saibam como reagir.
Conceitos importantes
Abuso sexual: ocorre quando há qualquer tipo de relação ou interação sexual entre um adulto e uma criança ou adolescente, com o objetivo de obter prazer. Pode acontecer com ou sem contato físico, e geralmente é praticado por alguém próximo da vítima, muitas vezes um membro da família.
Exploração sexual: envolve o uso da criança ou adolescente como objeto sexual, em troca de benefícios como dinheiro, presentes, favores, drogas ou comida. Mesmo que a vítima alegue consentimento, a responsabilidade criminal recai sempre sobre o adulto.
Sinais de alerta para pais, cuidadores e responsáveis
Mudanças de comportamento:
• Agressividade, introspecção ou medo excessivo;
• Regressão a comportamentos infantis já superados;
• Doenças psicossomáticas sem causa aparente (dores de cabeça, alterações intestinais, erupções cutâneas).
Comportamento sexualizado:
• Interesse repentino por temas sexuais;
• Desenhos ou brincadeiras com conotação sexual.
• Queda no rendimento escolar;
• Presença de marcas físicas sem explicação plausível.
Educar é proteger
Desde cedo, a criança precisa:
• Conhecer e nomear todas as partes do corpo, inclusive as íntimas;
• Saber que seu corpo pertence a ela;
• Entender que apenas pessoas de confiança podem ajudá-la em situações específicas, como ir ao banheiro ou ao médico;
• Compreender que é errado qualquer toque em suas partes íntimas;
• Saber identificar situações de perigo e como pedir ajuda;
• Ter liberdade para contar qualquer situação desconfortável a um adulto de confiança.
Estatísticas alarmantes (Atlas da Violência, 2018)
• 68% dos registros no sistema de saúde referem-se a estupro de menores;
• Quase 1/3 dos agressores são amigos ou conhecidos da vítima; 30% são familiares próximos;
• 54,9% dos casos conhecidos eram reincidentes;
• 78,5% dos casos ocorrem na própria residência;
• 70% dos abusadores são parentes, como pais, mães, padrastos ou irmãos.
Denuncie!
Se você presenciou ou suspeita que alguma criança ou adolescente está sendo vítima de abuso ou exploração sexual, não se cale!
Denuncie através dos canais: Disque 100, conselho tutelar ou delegacias especializadas.
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