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Complexo Turístico Rampa do Açaí completa um ano como símbolo de desenvolvimento, renda e valorização cultural em Macapá

Construção integra o projeto Orla Viva, iniciativa da Prefeitura de Macapá voltada à revitalização da orla da cidade, com foco em turismo, lazer e desenvolvimento urbano

Por Fernando Tavares - Secretaria Municipal de Comunicação Social

Rampa do Açaí | Foto: Jesiel Braga/PMM

O Complexo Turístico Rampa do Açaí completa um ano nesta quinta-feira (15), reunindo 120 trabalhadores e consolidando-se como o principal ponto de escoamento do fruto em Macapá, além de símbolo de dignidade para quem vive da cadeia produtiva.

Um novo tempo para quem vive do açaí

Antes da inauguração da Rampa do Açaí, trabalhadores extrativistas e revendedores atuavam em condições precárias, expostos ao sol, chuva e sem estrutura mínima. Hoje, cerca de 120 autônomos utilizam o espaço 24 horas por dia para receber toneladas de açaí vindos de regiões como Ipixuna, Bailique, Afuá e Macacoari.

A saca do fruto, que varia entre R$ 300 e R$ 350, movimenta diariamente a economia local. O ponto passou a ser a principal porta de entrada do açaí em Macapá, concentrando logística, comércio e geração de renda em um só lugar.

Obra estruturante e símbolo cultural

A construção integra o projeto Orla Viva, iniciativa da Prefeitura de Macapá voltada à revitalização da orla da cidade, com foco em turismo, lazer e desenvolvimento urbano. A estrutura da Rampa do Açaí conta com um píer em formato de “T”, dois restaurantes, uma açaiteria, uma geleira, praça com mirante de 120m², banheiros acessíveis e espaço administrativo.

Inspirado nas ondas do Rio Amazonas, o telhado curvo em concreto armado reforça o vínculo da obra com a identidade amazônica. No espaço também será erguido o Monumento Açaízal, cuja ordem de serviço já foi assinada e que pretende homenagear o fruto símbolo da região.

Cadeia produtiva bilionária e em expansão

A cadeia do açaí é um dos principais motores econômicos do Amapá. Em 2021, a produção estadual ultrapassou as 43 mil toneladas, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Estimativas apontam que a base da cadeia — onde estão os extrativistas — pode movimentar cerca de R$ 75 milhões, valor subestimado devido à informalidade do setor.

Além do escoamento, a estrutura da Rampa impulsionou novos negócios. Os restaurantes e açaíteria instalados no complexo empregam 15 trabalhadores diretamente, aquecendo ainda mais a economia local.

Turismo e identidade amazônica

Mais do que funcional, a Rampa do Açaí se tornou ponto turístico e símbolo cultural da capital. Localizada às margens do Rio Amazonas, o espaço atrai moradores e visitantes para contemplação, lazer e consumo da gastronomia local.

Transformação com impacto social

A nova Rampa do Açaí é o exemplo de como infraestrutura pode transformar vidas. De um ambiente sem mínimas condições de trabalho, os empreendedores passaram a ter segurança, visibilidade e mais oportunidades de negócio.

Ao completar um ano, a Rampa se consolida como um elo estratégico entre a tradição do extrativismo e o futuro de uma economia moderna e sustentável, que valoriza seus protagonistas: os homens e mulheres que vivem do açaí.

Galeria de imagens | Fotógrafo: Jesiel Braga/PMM

ernando tavares

ernando tavares

Verificado
Assessor de Comunicação
289 matérias publicadas 96 99169-7289

Fernando Pantoja Tavares é jornalista amapaense formado pela Universidade Federal do Amapá (UNIFAP). Cresci rodeado pela riqueza cultural do nosso estado e, ao escolher o jornalismo como profissão, me tornei um pesquisador social da capital, Macapá. Por meio das reportagens e coberturas que realizo, busco entender e retratar a realidade da nossa gente. Tenho experiência em redação e reportagem, com atuação em texto e audiovisual na Agência Experimental de Comunicação (AGCOM), onde pude explorar diferentes linguagens e aprofundar minha prática jornalística. Fui editor-chefe e produtor do Almanaque, portal de notícias voltado à cultura e à informação, onde desenvolvi conteúdos que valorizam a produção artística e o pensamento crítico na Amazônia.

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