É com grande pesar que recebi a notícia do falecimento de Laurindo Trindade, o nosso Lolito do Bandolim, na manhã deste domingo, 13 de setembro. Lolito, além de um grande amigo e ser humano, marcou a história de nossa música amapaense, inspirando gerações de músicos daqui da terra e, principalmente, sua família e amigos próximos.
Lolito do Bandolim nos deixou aos 86 anos. Destes, mais de 61 dedicados à música instrumental. O nosso Lolito tem uma contribuição histórica na música amapaense. Ele foi parceiro de Amilar Brenha, Noé e do mestre Nonato Leal. Lolito fez seu legado ao usar com maestria o bandolim: o único músico profissional do Amapá a usar o instrumento que fincou ao seu nome esta marca. E, assim, carinhosamente e por pura vocação, Lolito já era do bandolim e nós já admiradores do seu talento com as cordas.
Tamanho talento, inspirou filhos e tantos artistas amapaenses a buscar em melodias e composições o amor que ele tinha pela arte. Formou músicos em técnica e, o mais especial, músicos de alma e coração. Há mais de década, junto com o violonista Beto Sete Cordas e o percussionista Lindomar Trindade, se uniram e formaram o grupo “Vou Vivendo”. Lolito do Bandolim esteve junto conosco em tantos momentos inesquecíveis: fosse em uma Estação Lunar na praia de Fazendinha ou em uma noite de chorinho no Mercado Central.
Neste momento de dor, junto-me à família, amigos e admiradores do nosso amigo Lolito do Bandolim. Que Deus possa confortar a todos e que sua grande história seja a melhor maneira de afagar a saudade de tudo que ele nos deixou e representa a este lugar.
Clécio Luís
Prefeito de Macapá