Hábitos alimentares e seletividade alimentar são observados durante atendimento | Foto: Maison Brito/Secom
A Prefeitura de Macapá desenvolveu um protocolo de acompanhamento nutricional para pacientes com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Através de capacitações baseadas nas diretrizes atualizadas de nutrição e alimentação do autismo, o serviço já é ofertado em cinco Unidades Básicas de Saúde (UBSs) da rede municipal.
O atendimento está disponível nas UBSs Pedro Barros, Marabaixo, Novo Horizonte, Padre Raul Matte e Rubin Aronovich. É preciso comparecer a uma das unidades para agendar a consulta, mas não é necessário encaminhamento.
Segundo a nutricionista Silvia Ferraz, responsável pela coordenação do programa, durante a consulta são avaliados pontos como a seletividade alimentar, hábito intestinal e comportamento alimentar, comuns em pessoas com TEA.
“Esse serviço de nutrição é diferenciado. O tratamento alimentar efetivo no autista o chamamos de reabilitação alimentar e inclui mudanças nos hábitos que irão respeitar o tempo dele porque cada autista é único”, explica.
Outros fatores que são observados durante as consultas é se a seletividade alimentar está ligada ao comportamento alimentar da família e ao consumo de alimentos inadequados como os industrializados e os embutidos, por conterem conservantes, corantes e níveis elevados de nitrito e nitrato.
“As pessoas vão dando alimentos inadequados para a criança e ela vai deixando de comer aquilo que é mais saudável, por conta da palatabilidade de alimentos mais doces e salgados e que tem realçadores de sabor, o que faz com que quando a criança for comer uma fruta ou legume ela já não mostre tanto interesse”, ressalta Silvia.
Se durante o acompanhamento for detectado que o paciente não responde ao tratamento, ele pode ser encaminhado para os centros especializados para a realização de Terapia Alimentar: no Centro Especializado de Reabilitação (CER) e no Centro de Atenção Psicossocial Infantil (Capsi).